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Neste mês, acontece a campanha de conscientização sobre a cardiopatia congênita, uma condição que afeta cerca de um a cada 100 bebês no Brasil, conforme o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), e pode representar risco à vida se não for identificada precocemente.
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A cardiopatia congênita é uma malformação na estrutura do coração que está presente desde o nascimento. Esse problema pode afetar o funcionamento normal do coração, comprometendo o fluxo sanguíneo e a oxigenação do corpo.
As causas são variadas e, muitas vezes, envolvem fatores genéticos, alterações cromossômicas (como na síndrome de Down), infecções durante a gestação (como rubéola), uso de certos medicamentos ou substâncias pela gestante, além de doenças maternas, como diabetes mal controlado. Em alguns casos, a origem da condição pode ser desconhecida.
Em 12 de junho, o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita chama atenção para a importância de um acompanhamento integral, que começa ainda na gestação e deve seguir por toda a vida do paciente.
Esse modelo de atenção contínua é o que se chama de linha de cuidado — uma estratégia que envolve diferentes profissionais e fases do desenvolvimento do paciente. “É essencial garantir que o cuidado comece ainda no útero e se estenda por todas as fases, da infância à vida adulta, com acompanhamento de equipes especializadas”, destaca Claudia Pinheiro de Castro Grau, coordenadora da Ecocardiografia Fetal e Pediátrica da Maternidade São Luiz Star, da Rede D’Or.
Um dos principais avanços na construção da linha de cuidado com a cardiopatia congênita foi a incorporação do ecocardiograma fetal à rotina pré-natal. Desde 2023, o exame ou a ser obrigatório pelo Ministério da Saúde (MS) para todas as gestantes. Trata-se de uma ultrassonografia especializada que avalia o coração do feto ainda no útero, capaz de detectar malformações cardíacas e permitir o preparo da equipe médica antes mesmo do nascimento.
“O ecocardiograma fetal possibilita o planejamento do parto em locais com a estrutura necessária, como UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos prontos para agir imediatamente nos casos mais graves”, explica Claudia Pinheiro de Castro Grau, que ressalta: “Esse cuidado especializado faz toda a diferença, principalmente nos casos que exigem intervenção cirúrgica logo após o nascimento”.
Além de melhorar o prognóstico, o diagnóstico durante a gestação oferece apoio emocional às famílias e reduz riscos durante o parto. “A notícia de uma cardiopatia pode ser difícil, mas quando recebida com acolhimento e um plano de cuidado bem definido, dá tranquilidade aos pais e aumenta as chances de sucesso no tratamento do bebê”, pontua.
Segundo estimativas do Ministério da Saúde, 80% das crianças com cardiopatia congênita precisarão de cirurgia, sendo que metade delas já no primeiro ano de vida. No entanto, o cuidado não termina na infância. Muitas dessas crianças necessitam de acompanhamento ao longo da vida, com avaliações regulares, medicações, novos procedimentos e e especializado em cardiologia adulta com foco em cardiopatias congênitas.
“É fundamental que esses bebês tenham o a uma rede estruturada, com profissionais capacitados e continuidade de atendimento. A cardiopatia congênita não termina com a cirurgia, nem na infância. O acompanhamento é vital”, conclui Claudia Pinheiro de Castro Grau.
Por Samara Meni
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