{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "/noticia/nid/quando-o-atendimento-sabota-o-marketing-o-racismo-no-varejo-brasileiro/" }, "headline": "Quando o atendimento sabota o marketing: o racismo no varejo brasileiro", "url": "/noticia/nid/quando-o-atendimento-sabota-o-marketing-o-racismo-no-varejo-brasileiro/", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"/media/s/2025/06/racismo_mercado_luxo_marketing.jpg", "width":"1280", "height":"720" } ], "dateCreated": "2025-06-10T07:00:00-03:00", "datePublished": "2025-06-10T07:00:00-03:00", "dateModified": "2025-06-10T07:00:00-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "Fabricia Carneiro" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "TNH1", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/static/logo/logo.svg" } }, "articleSection": ["Blogs", "A Alma do Neg\u00f3cio"], "description": "O racismo no atendimento compromete o marketing e afasta clientes. Entenda o impacto e como tornar seu varejo mais inclusivo e estratégico." }
Você investe em marketing para atrair mais clientes, certo? Mas será que o atendimento que eles recebem reflete, de fato, tudo aquilo que a sua marca promete?
LEIA TAMBÉM
No Brasil, mais da metade dos consumidores negros desiste de comprar por conta do atendimento. Isso mesmo: 52% desistem, 54% não voltam mais e 29% preferem comprar online para não ar por constrangimentos. Esses dados são da pesquisa “Racismo no Varejo de Beleza de Luxo”, feita pelo Instituto Nina a pedido da L’Oréal.
Apesar do foco no setor de luxo, sabemos que esse padrão discriminatório está presente em diversos segmentos e classes sociais.
O estudo apontou várias situações que, infelizmente, ainda são comuns: olhares julgadores, comunicação ríspida, demora ou recusa no atendimento, suposição de que a pessoa “não pode pagar”, vigilância excessiva, falta de representatividade no time... A lista é longa — e triste.
Racismo impacta diretamente os negócios
Hoje, 37% das classes A/B são compostas por pessoas negras. Mesmo assim, 91% desses consumidores afirmam já ter vivido racismo em lojas de luxo.
Discriminar o cliente negro é, além de inaceitável, um erro estratégico com consequências preocupantes.
Iniciativas para mudar o cenário
Para começar a mudar essa realidade, a L’Oréal Luxo lançou, em abril, o “Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro”, junto com o Mover e a Black Sisters in Law. O documento não tem força de lei, mas traz diretrizes que qualquer marca pode — e deveria — colocar em prática.
Algumas dessas diretrizes incluem:
Combater desigualdade está no posicionamento de marca
Mais do que combater desigualdades históricas, essas práticas reposicionam marcas rumo a um futuro mais inclusivo e conectado com a realidade brasileira.
Empresas que lideram essa transformação se alinham com os valores da sociedade atual e se conectam com um público cada vez mais consciente — e exigente.
Atendimento como parte da estratégia de marketing
É duro dizer, mas é necessário: se o seu orçamento de marketing é limitado, minha dica é simples — antes de pensar na próxima campanha ou em ações com algum influenciador do momento, invista no seu atendimento.
Capacite seu time. A comunicação pode até chamar atenção, mas uma experiência negativa afasta o cliente. E, às vezes, para sempre.
Transformar o atendimento não é só urgente. É estratégico. É inteligente. E, acima de tudo, é o certo a se fazer.
E você, já ou por situações como essas ou tem feito algo para transformar essas estatísticas? Compartilhe aqui comigo.
LEIA MAIS
+Lidas